As doenças de pele em cães e gatos são queixas comuns nos consultórios veterinários, mas o que muitos tutores não imaginam é que, em diversos casos, o problema pode estar relacionado a alterações hormonais. As doenças endócrinas, como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes, interferem diretamente na saúde da pele e dos pelos, provocando sintomas que vão muito além da estética. Entender essa conexão é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.
Tópicos do Artigo:
A importância do equilíbrio hormonal na saúde da pele

O sistema endócrino é responsável por produzir e regular hormônios essenciais para o funcionamento do organismo. Esses hormônios influenciam o metabolismo, o crescimento e a regeneração celular. Quando há desequilíbrio, o impacto aparece em diversos órgãos — e a pele é um dos primeiros a manifestar sinais.
Em cães e gatos, as glândulas sebáceas e folículos pilosos são muito sensíveis às variações hormonais. Por isso, alterações na produção de hormônios da tireoide, do pâncreas ou das glândulas adrenais podem causar queda de pelos, ressecamento da pele, infecções e até feridas crônicas.
Principais doenças endócrinas associadas a problemas dermatológicos
Hipotireoidismo (em cães)
O hipotireoidismo é uma das doenças endócrinas mais frequentes em cães adultos. A redução na produção de hormônios da tireoide causa lentidão metabólica e diversos sintomas dermatológicos: pelagem seca, sem brilho, queda acentuada e espessamento da pele, especialmente no dorso e na cauda. A pele pode ficar escurecida e mais suscetível a infecções bacterianas secundárias.
Hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing)
Causado pelo excesso de cortisol, o hiperadrenocorticismo afeta tanto cães quanto gatos. O cortisol em excesso enfraquece o sistema imunológico e prejudica a regeneração da pele, levando a sintomas como alopecia simétrica, pele fina e frágil, infecções recorrentes e aumento da pigmentação. É comum também observar aumento de apetite e sede, além de ganho de peso.
Diabetes Mellitus
A diabetes interfere na circulação e na regeneração celular, o que pode provocar pele seca, infecções fúngicas e bacterianas de difícil cicatrização. Em gatos diabéticos, a fraqueza muscular associada pode causar dificuldade de locomoção, e a higiene comprometida agrava as lesões cutâneas.
Hiperestrogenismo e hipoestrogenismo
Distúrbios hormonais ligados aos hormônios sexuais também afetam a pele. Fêmeas com desequilíbrio estrogênico podem apresentar alopecia simétrica no abdômen e flancos, além de hiperqueratose. Machos castrados ou com tumores testiculares também podem manifestar alterações similares.
Sintomas dermatológicos que indicam distúrbios hormonais

Alguns sinais devem acender o alerta de que o problema de pele pode ter origem endócrina:
- Queda de pelo simétrica, sem coceira intensa;
- Crescimento lento ou ausência de pelos nas áreas afetadas;
- Pele escurecida, espessada ou muito fina;
- Odor forte e infecções recorrentes;
- Falta de brilho e descamação;
- Alterações de apetite, peso ou comportamento.
Quando esses sintomas aparecem, é essencial procurar um veterinário especializado em dermatologia e endocrinologia, já que o diagnóstico depende de exames clínicos e laboratoriais específicos.
Diagnóstico das doenças endócrinas
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, avaliação hormonal e testes de função glandular. Em alguns casos, é necessário realizar ultrassonografia abdominal ou punção de glândulas para avaliar possíveis tumores.
O veterinário também analisa o histórico clínico e os sinais dermatológicos para identificar se há relação entre o desequilíbrio hormonal e a condição da pele.
Tratamentos e cuidados necessários
O tratamento depende da doença de base. No caso do hipotireoidismo, utiliza-se a reposição hormonal com levotiroxina. Já o hiperadrenocorticismo pode exigir medicamentos que regulam a produção de cortisol ou, em alguns casos, cirurgia.
Para diabetes, a insulina é indispensável, acompanhada de dieta controlada.
Além do tratamento hormonal, o cuidado dermatológico é essencial. Banhos terapêuticos, uso de shampoos antifúngicos e antibacterianos, hidratação da pele e controle de infecções secundárias são parte do manejo.
A importância do acompanhamento veterinário contínuo
Doenças endócrinas exigem acompanhamento regular, pois o desequilíbrio hormonal pode retornar com facilidade se o tratamento for interrompido. Ajustes de dosagem e exames periódicos são fundamentais para manter a pele saudável e evitar complicações.
Como prevenir problemas dermatológicos em pets com doenças endócrinas

Embora algumas doenças endócrinas tenham origem genética, é possível adotar hábitos que reduzem o risco de complicações dermatológicas:
- Ofereça alimentação balanceada e rica em nutrientes;
- Mantenha o peso ideal do animal;
- Evite automedicação e uso de corticoides sem prescrição;
- Observe mudanças sutis na pele e nos pelos;
- Faça check-ups regulares com o veterinário.
O papel do tutor no tratamento
O tutor tem papel fundamental no sucesso do tratamento. Seguir corretamente as orientações médicas, administrar a medicação nos horários certos e observar qualquer mudança de comportamento ou aspecto da pele são atitudes que fazem diferença.
A paciência é indispensável: doenças endócrinas e dermatológicas demandam tempo para estabilizar, e o resultado do tratamento é gradual.
Quando procurar um especialista
Se o animal apresenta perda de pelo sem coceira, pele escurecida ou infecções que não melhoram com antibióticos, é hora de buscar um veterinário dermatologista. O diagnóstico precoce aumenta as chances de controlar a doença e recuperar a vitalidade da pele e da pelagem.
Conclusão
A pele reflete o equilíbrio interno do organismo. Em cães e gatos, doenças endócrinas podem ser a raiz de diversos problemas dermatológicos que, se não tratados corretamente, comprometem a qualidade de vida do animal. Com diagnóstico preciso, tratamento adequado e acompanhamento constante, é possível devolver ao pet não apenas uma pelagem bonita, mas também saúde e bem-estar duradouros.
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