Assim como acontece com os humanos, muitos problemas de pele em cães e gatos têm origem genética. A genética veterinária desempenha um papel essencial na predisposição a diversas doenças dermatológicas, determinando o quão suscetíveis alguns pets podem ser a alergias, infecções e condições crônicas.
Compreender essa relação é fundamental para garantir diagnósticos mais precisos e tratamentos eficazes, além de ajudar tutores e criadores a tomarem decisões conscientes sobre reprodução e cuidados preventivos.
Tópicos do Artigo:
A influência genética nas doenças de pele dos pets

A genética define uma série de características nos animais — desde a cor dos pelos até o funcionamento do sistema imunológico. No caso da pele, certos genes podem tornar o animal mais vulnerável a reações inflamatórias, alergias ou falhas na barreira cutânea.
Isso significa que alguns cães e gatos nascem com maior propensão a doenças dermatológicas, independentemente de fatores externos como alimentação ou ambiente.
Entre as condições mais relacionadas à hereditariedade estão:
- Dermatite atópica canina
- Seborreia primária
- Alopecia por diluição da cor
- Piodermites recorrentes
- Doenças autoimunes da pele
- Alopecia hereditária em raças felinas
Raças com maior predisposição genética
Determinadas raças de cães e gatos apresentam maior risco de desenvolver doenças de pele por questões genéticas.
Cães mais suscetíveis:
- Bulldog Inglês e Francês: propensos à dermatite atópica e infecções de dobras.
- Shar Pei: predisposto a seborreia, dermatite e piodermite.
- Golden Retriever e Labrador: tendência a alergias cutâneas e infecções secundárias.
- West Highland White Terrier: casos frequentes de dermatite alérgica.
- Dálmata: propenso a distúrbios de queratinização.
Gatos mais suscetíveis:
- Sphynx: devido à ausência de pelos, pode ter maior exposição e sensibilidade cutânea.
- Persa: tendência à dermatite seborreica e infecções por fungos.
- Devon Rex e Cornish Rex: predisposição a alopecias hereditárias.
Saber dessas predisposições permite agir preventivamente, reduzindo as chances de crises dermatológicas e promovendo uma rotina de cuidados adequada.
Doenças dermatológicas hereditárias mais comuns
Dermatite atópica canina
É uma das doenças alérgicas mais comuns em cães, e tem forte componente genético. O animal apresenta coceira intensa, vermelhidão e irritação, especialmente nas orelhas, patas e abdômen. Embora fatores ambientais (como pólen ou poeira) agravem o quadro, a predisposição vem do DNA.
Alopecia hereditária
A queda de pelos em certas regiões do corpo pode ser hereditária, especialmente em raças como Chihuahua, Dachshund e Doberman. Gatos das raças Rex e Sphynx também são conhecidos por apresentar alopecias genéticas.
Seborreia primária
Caracterizada pelo excesso de oleosidade e descamação da pele, a seborreia primária é frequentemente observada em Cocker Spaniels e Basset Hounds. Trata-se de uma disfunção hereditária nas glândulas sebáceas.
Doenças autoimunes cutâneas
Algumas condições, como o pênfigo foliáceo, têm componente genético e fazem com que o sistema imunológico ataque as próprias células da pele. Essas doenças exigem diagnóstico rápido e tratamento especializado.
Diagnóstico: como identificar a origem genética

A confirmação de que uma doença de pele tem origem genética depende de uma avaliação veterinária detalhada. O diagnóstico envolve:
- Histórico familiar: se outros animais da mesma linhagem apresentaram sintomas semelhantes.
- Exames dermatológicos: raspados de pele, citologia, cultura fúngica e biópsias.
- Testes genéticos veterinários: cada vez mais usados para identificar mutações ligadas a doenças específicas.
O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e controlar os sintomas de forma mais eficaz.
Cuidados e prevenção para pets com predisposição genética
Embora a genética não possa ser modificada, existem várias maneiras de reduzir o impacto das doenças hereditárias na pele dos pets:
- Banhos regulares com produtos adequados: usar shampoos hipoalergênicos ou prescritos pelo veterinário.
- Controle de parasitas: pulgas e carrapatos agravam quadros dermatológicos.
- Alimentação equilibrada: rações ricas em ácidos graxos, ômega 3 e 6 fortalecem a barreira cutânea.
- Ambiente limpo e confortável: evitar umidade e acúmulo de poeira.
- Consultas dermatológicas periódicas: o acompanhamento constante permite ajustar o tratamento conforme a evolução do quadro.
Essas medidas ajudam a manter a pele saudável e a melhorar a qualidade de vida do animal, mesmo quando há predisposição genética.
O papel do criador responsável
Nos casos de reprodução, é fundamental que os criadores façam triagem genética e evitem cruzamentos entre animais portadores das mesmas mutações. Isso reduz a incidência de doenças hereditárias e contribui para o bem-estar das futuras gerações.
A escolha consciente e ética é uma das formas mais eficazes de diminuir a transmissão de doenças dermatológicas genéticas em cães e gatos.
Quando procurar um dermatologista veterinário

Se o pet apresenta coceira persistente, vermelhidão, feridas, queda de pelos ou odor forte, o ideal é consultar um dermatologista veterinário. Apenas um profissional especializado poderá determinar se o problema é de origem genética, alérgica, parasitária ou infecciosa.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado fazem toda a diferença para garantir conforto e bem-estar ao animal.
Conclusão
A influência da genética nas doenças dermatológicas de cães e gatos é um tema cada vez mais relevante na medicina veterinária. Entender como a hereditariedade afeta a pele dos pets permite diagnósticos mais precisos, tratamentos eficazes e ações preventivas inteligentes.
Com cuidados adequados, acompanhamento veterinário e atenção à linhagem genética, é possível oferecer uma vida saudável e feliz, mesmo para animais predispostos a problemas de pele.
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Todas as doenças de pele em cães e gatos são genéticas?
Não. Muitas são causadas por parasitas, alergias alimentares ou infecções. A genética é apenas um dos fatores possíveis.
É possível prevenir doenças dermatológicas hereditárias?
Não há como evitar a herança genética, mas é possível reduzir os sintomas e crises com acompanhamento veterinário e cuidados preventivos.
Como saber se meu pet tem predisposição genética a doenças de pele?
O ideal é consultar um veterinário e, se necessário, realizar testes genéticos específicos para a raça do animal.

