A atopia canina é uma das doenças de pele mais comuns nos consultórios veterinários. Ela está ligada a uma sensibilidade exagerada a alérgenos do ambiente e costuma se manifestar por meio de coceira intensa, inflamações recorrentes e irritações que afetam a qualidade de vida do pet.
Embora qualquer cão possa desenvolver alergias de pele, algumas raças apresentam uma predisposição genética que aumenta significativamente o risco. Entender quais são elas e por que isso acontece ajuda o tutor a agir antes das crises, mantendo o pet mais confortável, seguro e bem cuidado.
A seguir, você vai conhecer as raças mais afetadas e como essa tendência influencia o manejo da saúde dermatológica do animal.
Tópicos do Artigo:
Por que algumas raças têm maior predisposição à atopia

A atopia canina tem forte relação com fatores hereditários. Isso significa que cães de determinadas linhagens carregam alterações genéticas que tornam o sistema imunológico mais reativo.
Além disso, estudos mostram que essas raças frequentemente apresentam falhas na barreira cutânea, o que facilita a entrada de alérgenos como ácaros, poeira, fungos e pólen. O conjunto desses fatores explica por que alguns cães começam a apresentar sinais ainda jovens, muitas vezes entre seis meses e três anos de idade.
Essa predisposição não significa que todos os cães da raça desenvolverão dermatite atópica, mas indica que o tutor deve ficar atento aos primeiros sinais para evitar agravamentos.
Raças mais frequentemente associadas à dermatite atópica
Diversos estudos internacionais e observações clínicas apontam as seguintes raças como as mais predispostas ao desenvolvimento de atopia:
Golden Retriever
Uma das raças mais citadas quando o assunto é alergia de pele. O Golden tem histórico genético de hipersensibilidade, especialmente a ácaros e fungos. Além da predisposição, seu pelo denso pode reter umidade, favorecendo irritações.
Labrador Retriever
Assim como o Golden, o Labrador apresenta tendência hereditária a alergias ambientais. É comum observar coceira nas patas, inflamações na pele e otites recorrentes.
Poodle
O Poodle é extremamente sensível a alérgenos ambientais e costuma apresentar sinais ainda jovem. A raça também possui predisposição a infecções secundárias, o que exige acompanhamento mais próximo.
Bulldog Francês
O Bulldog Francês possui estrutura anatômica e genética que favorecem a dermatite atópica. Dobras cutâneas, umidade e sensibilidade imunológica tornam a raça especialmente vulnerável.
Shih Tzu
Famoso por ter pele delicada, o Shih Tzu frequentemente apresenta quadros de coceira crônica, irritações na face e inflamações nos ouvidos. A combinação de genética e pelagem longa exige atenção redobrada.
Outras raças que também têm predisposição
- West Highland White Terrier
- Boxer
- Dachshund
- Beagle
- Lhasa Apso
- Setter Irlandês
Cada uma delas apresenta taxas maiores de alergias de pele quando comparadas à população canina em geral.
Como identificar precocemente sinais de atopia em raças predispostas

Mesmo em cães geneticamente predispostos, reconhecer os sintomas logo no início evita crises longas e desconfortáveis.
Entre os sinais mais comuns estão:
- Coceira persistente
- Lambedura excessiva das patas
- Vermelhidão nas dobras e orelhas
- Otites recorrentes
- Queda de pelos em regiões específicas
- Escurecimento da pele
- Mau cheiro persistente na pele
Se o tutor identificou esses sintomas e o pet pertence a uma raça listada acima, a chance de ser atopia é maior. Um diagnóstico precoce ajuda a controlar a doença de forma mais eficiente.
Cuidados essenciais para raças predispostas à atopia
Embora a atopia seja uma condição crônica, é possível manter o pet estável com cuidados contínuos. Entre os principais estão:
Controle ambiental
A redução de alérgenos é um dos pilares do tratamento. Medidas incluem:
- Limpeza frequente da casa
- Lavagem de caminhas e mantas
- Uso de aspiradores com filtro adequado
- Evitar acúmulo de poeira e umidade
Rotina de higiene adequada
Banhos regulares com produtos dermatológicos recomendados pelo veterinário ajudam a proteger a pele e reduzir inflamações.
Acompanhamento profissional
Raças predispostas devem ter acompanhamento dermatológico periódico. O veterinário pode indicar shampoos, suplementos, medicamentos e terapias específicas conforme a evolução do quadro.
Nutrição de qualidade
Uma alimentação equilibrada contribui para fortalecer a pele e reduzir inflamações. Em alguns casos, dietas específicas podem ser recomendadas.

Conclusão
Cães de certas raças têm maior predisposição à atopia devido a fatores genéticos e características da pele. Saber disso permite que o tutor atue de forma preventiva, identificando sintomas rapidamente e adotando cuidados que evitam crises dolorosas e desconfortáveis.
Com manejo adequado, acompanhamento veterinário e rotina de cuidados contínuos, é possível oferecer ao pet uma vida mais tranquila, saudável e longe das coceiras persistentes que tanto incomodam.
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