A curiosidade é uma das maiores características dos pets — e também uma das causas mais comuns de acidentes domésticos. Entre os problemas que mais preocupam tutores e veterinários está a dermatite em pets causada por contato com plantas tóxicas, uma reação inflamatória que afeta a pele de cães e gatos após o toque, mastigação ou até a inalação de determinadas espécies vegetais.
Muitas plantas ornamentais populares — como comigo-ninguém-pode, copo-de-leite, espada-de-são-jorge e antúrio — podem provocar irritações severas, coceira intensa, inchaço e vermelhidão. Saber reconhecer os sintomas e agir rapidamente é essencial para evitar agravamentos e garantir a recuperação do animal.
Neste artigo, você vai entender quais plantas oferecem risco, como identificar os sinais da dermatite por contato, e quais são os primeiros socorros e cuidados veterinários mais indicados para cada caso.
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Plantas Tóxicas Mais Comuns para Cães e Gatos

Diversas espécies de plantas ornamentais contêm substâncias irritantes ou tóxicas que podem causar reações alérgicas, queimaduras e inflamações na pele dos pets. Abaixo, estão algumas das mais perigosas:
- Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia spp.) – Contém cristais de oxalato de cálcio que provocam irritação imediata na pele e mucosas.
- Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica) – Possui seiva cáustica que causa inflamação e coceira intensa.
- Antúrio (Anthurium spp.) – Muito comum em ambientes internos, pode causar lesões cutâneas e irritação nos olhos.
- Espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata) – Apesar da fama de “protetora”, libera substâncias que provocam vermelhidão e descamação.
- Mamona (Ricinus communis) – Extremamente tóxica se ingerida, mas o contato também pode causar reações dermatológicas graves.
- Hera (Hedera helix) – Planta ornamental trepadeira que pode causar erupções e dermatite de contato.
Essas plantas liberam substâncias químicas que atuam diretamente sobre a pele, provocando reação inflamatória imediata, especialmente em áreas com menos pelos, como focinho, orelhas e patas.
Sintomas de Dermatite por Contato com Plantas
Os sintomas variam conforme o tipo de planta e a sensibilidade individual do pet, mas alguns sinais são bastante característicos:
- Coceira intensa (prurido);
- Vermelhidão e irritação na pele;
- Edema (inchaço) localizado;
- Descamação ou feridas;
- Lambedura constante da área afetada;
- Choro, inquietação ou esfregar-se em superfícies;
- Em casos graves, bolhas ou crostas podem se formar.
Quando há ingestão acidental das folhas ou seiva, o pet pode apresentar ainda salivação excessiva, vômitos, inchaço na boca e dificuldade para engolir. Nesses casos, o atendimento veterinário deve ser imediato.
Primeiros Socorros: O Que Fazer ao Notar os Sintomas
O primeiro passo é manter a calma e afastar o animal da planta suspeita. Em seguida, tome medidas simples para reduzir a irritação:
- Lave a área afetada com água corrente em abundância, por pelo menos 10 minutos. Isso ajuda a remover a seiva ou substâncias irritantes.
- Evite o uso de produtos caseiros, pomadas humanas ou álcool, pois podem agravar a reação.
- Use compressas frias para aliviar o desconforto e diminuir a coceira.
- Impeça o pet de lamber ou coçar a região, utilizando um colar elizabetano se necessário.
- Procure um veterinário, de preferência especializado em dermatologia, para avaliação e tratamento adequado.
Lembre-se: mesmo que os sintomas pareçam leves, a dermatite por contato pode evoluir rapidamente, causando infecções secundárias se não tratada corretamente.
Diagnóstico Veterinário

O diagnóstico é clínico, baseado na observação dos sintomas e no histórico de exposição. Em alguns casos, o veterinário pode solicitar exames complementares, como raspados de pele, citologia ou biópsia, para descartar outras causas de dermatite (como fungos, bactérias ou parasitas).
Além disso, identificar a planta responsável é fundamental para definir o tratamento e evitar novos episódios. Fotografar a planta ou levar uma amostra segura ao veterinário pode ajudar muito nesse processo.
Tratamento da Dermatite Causada por Plantas Tóxicas
O tratamento varia conforme a gravidade da reação e pode incluir:
- Limpeza da pele com soluções neutras e antissépticas;
- Corticosteroides tópicos ou orais, para reduzir a inflamação e o prurido;
- Antibióticos, caso haja infecção secundária;
- Antialérgicos, para aliviar a coceira e controlar a resposta imunológica;
- Hidratantes veterinários específicos, que ajudam na recuperação da barreira cutânea.
Durante o tratamento, o tutor deve manter o ambiente limpo, evitar novas exposições e garantir que o pet não coce a área afetada.
Como Prevenir Novos Casos
A prevenção é a forma mais eficaz de proteger o pet. Algumas medidas simples podem evitar o contato com plantas tóxicas:
- Identifique as plantas da sua casa e quintal e verifique se são seguras para animais;
- Evite deixar vasos ou canteiros acessíveis a cães e gatos curiosos;
- Use barreiras físicas ou vasos suspensos, especialmente se o pet tem costume de cavar ou mastigar folhas;
- Eduque o animal, redirecionando comportamentos exploratórios com brinquedos adequados;
- Prefira plantas seguras, como manjericão, alecrim, girassol e lavanda.
Cuidados Especiais com Filhotes e Pets Sensíveis

Filhotes, pets idosos e animais com histórico de alergias ou dermatites crônicas são mais vulneráveis a esse tipo de reação. A pele deles é mais fina e sensível, o que favorece a absorção de substâncias irritantes.
Nesses casos, o acompanhamento periódico com um médico veterinário dermatologista é essencial para manter a saúde cutânea em dia e prevenir recidivas.
Quando Procurar Atendimento de Urgência
Alguns sinais exigem atendimento veterinário imediato:
- Inchaço rápido no focinho, olhos ou garganta;
- Dificuldade para respirar;
- Vômitos persistentes;
- Letargia ou prostração;
- Feridas abertas ou secreções na pele.
Esses sintomas podem indicar uma reação alérgica sistêmica grave (anafilaxia), que pode evoluir rapidamente e colocar a vida do animal em risco.
Conclusão
A dermatite causada por contato com plantas tóxicas é um problema comum, mas totalmente evitável com atenção e cuidados básicos. Identificar as espécies seguras, observar o comportamento do pet e agir rapidamente diante de qualquer sinal de irritação são atitudes que fazem toda a diferença na recuperação e bem-estar do animal.
Cães e gatos exploram o mundo com o focinho e as patas — e cabe aos tutores garantir que esse instinto natural não se transforme em um risco à saúde.
Com informação e prevenção, é possível manter um ambiente bonito, natural e seguro para todos os membros da família — humanos e peludos.
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