Otite Externa Aguda em Pets: Primeiros Socorros Essenciais para Donos

A otite externa aguda é uma inflamação do canal auditivo externo de cães e gatos que pode surgir rapidamente e causar grande desconforto ao pet. Coceira intensa, secreção e dor são sinais que exigem atenção imediata.

Como dono, reconhecer os sintomas e aplicar primeiros socorros corretos é essencial para aliviar o sofrimento do animal e evitar complicações antes da visita ao veterinário. Neste artigo, você vai aprender a identificar, tratar de forma segura e prevenir a otite externa aguda no seu pet.

O que é otite externa aguda em pets?

A otite externa aguda é uma inflamação que afeta o canal auditivo externo, podendo ser causada por:

• Infecções bacterianas
• Infecções por fungos ou leveduras
• Ácaros e parasitas
• Corpos estranhos (grama, sementes)
• Alergias ou traumas

Essa condição pode se desenvolver rapidamente, causando dor intensa e irritação.

Sintomas de otite externa aguda

Identificar os sinais precocemente ajuda a prevenir complicações. Fique atento a:

1. Coceira intensa e lambedura

• Lambedura constante do ouvido ou da cabeça.
• Sacudidas repetidas da cabeça.

2. Vermelhidão e inchaço

• Inflamação visível no canal auditivo.
• Pele sensível e quente ao toque.

3. Secreção ou odor

• Secreção amarelada, esverdeada ou escura.
• Cheiro forte característico de infecção.

4. Dor e sensibilidade

• Reação ao toque no ouvido.
• Resistência a manipulação ou barulhos próximos.

5. Outros sinais

• Perda de equilíbrio ou inclinação da cabeça em casos mais graves.
• Mudanças de comportamento, como irritabilidade e apatia.

Primeiros socorros para donos

Embora o tratamento completo deva ser feito por um veterinário, alguns cuidados iniciais podem aliviar o desconforto:

1. Limpeza suave do ouvido

• Use apenas panos ou gazes limpas.
• Evite hastes flexíveis (cotonetes), que podem empurrar secreções para dentro.
• Se houver secreção visível, limpe cuidadosamente a parte externa do canal auditivo.

2. Compressa morna

• Aplicar uma compressa morna na orelha externa pode reduzir dor e inflamação.
• Nunca use água quente diretamente no ouvido.

3. Evite automedicação

• Não aplique remédios humanos ou antibióticos sem orientação veterinária.
• Uso incorreto pode piorar a infecção ou causar danos ao tímpano.

4. Controle de ambiente

• Mantenha o pet em ambiente limpo e seco, evitando água ou umidade no ouvido.
• Evite exposição a poeira, produtos químicos ou gramíneas durante o tratamento inicial.

Quando procurar um veterinário imediatamente

A otite externa aguda pode evoluir rapidamente. Procure atendimento urgente se houver:

• Secreção intensa e com odor forte.
• Dor intensa e persistente.
• Perda de equilíbrio ou inclinação de cabeça.
• Febre ou sinais de mal-estar geral.
• Episódios recorrentes de otite.

O veterinário fará exame detalhado, possível coleta de secreção para cultura e prescrição de medicamentos adequados, como:

• Antibióticos ou antifúngicos tópicos ou orais.
• Anti-inflamatórios para dor e inflamação.
• Limpeza profissional do canal auditivo.

Prevenção da otite externa em pets

A melhor forma de evitar crises agudas é investir em prevenção contínua:

1. Higiene regular do ouvido

• Limpeza semanal ou quinzenal com produtos indicados pelo veterinário.
• Evitar excesso de água durante banhos, principalmente em cães com orelhas caídas.

2. Controle de parasitas

• Uso de antiparasitários regularmente.
• Evitar contato com áreas infestadas por ácaros ou carrapatos.

3. Dieta e imunidade

• Alimentação balanceada ajuda a manter pele e mucosas saudáveis, reduzindo predisposição a infecções.
• Suplementos recomendados pelo veterinário podem fortalecer imunidade.

4. Observação contínua

• Fique atento a sinais iniciais de coceira ou vermelhidão.
• Agir rapidamente previne evolução para otite média ou interna, mais graves.

Casos especiais

Alguns pets têm maior predisposição:

• Cães com orelhas longas ou pendentes, como cocker spaniel e basset hound, retêm mais umidade.
• Pets com alergias de pele ou doenças crônicas.
• Gatos com histórico de rinite ou alergias respiratórias.

Nesses casos, atenção redobrada e rotina de limpeza preventiva são fundamentais.

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