A pele dos animais, assim como a dos humanos, possui características únicas que podem influenciar na saúde e na predisposição a determinadas doenças. Enquanto muitos tutores se preocupam com alergias e parasitas, poucos sabem que pets com pele pigmentada — ou seja, com áreas naturalmente mais escuras — também merecem atenção especial. Embora a pigmentação possa oferecer certa proteção contra os danos causados pelo sol, ela não torna o animal imune ao câncer de pele. Alguns cães e gatos, inclusive, têm predisposição genética para o desenvolvimento de tumores cutâneos. Neste artigo, você vai entender quais são os riscos, como identificar sinais de alerta e quais cuidados diários ajudam a prevenir o câncer em pets com pele pigmentada.
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O que significa ter pele pigmentada em cães e gatos

A pigmentação da pele dos animais é determinada pela quantidade de melanina, um pigmento natural responsável por conferir cor à pele, pelos e olhos. Em pets, essa coloração pode variar bastante, indo do rosa claro ao preto intenso.
A melanina desempenha um papel importante na proteção contra a radiação ultravioleta (UV), pois absorve parte dos raios solares e reduz os danos às células cutâneas. No entanto, isso não significa que a pele pigmentada esteja completamente protegida.
Cães e gatos com pelagem escura ou manchas pretas na pele ainda podem desenvolver lesões malignas, especialmente se expostos de forma prolongada ao sol ou se apresentarem predisposição genética. Alguns tipos de câncer, como o melanoma, podem surgir justamente em áreas pigmentadas.
Por que pets com pele pigmentada também correm riscos
Embora a melanina tenha efeito protetor, ela não impede mutações celulares causadas pela radiação UV. Além disso, alguns tipos de câncer cutâneo, como o melanoma maligno, surgem exatamente a partir de células produtoras de melanina — os melanócitos.
Isso significa que a presença de pigmentação não é sinônimo de segurança, e sim um fator que requer vigilância diferenciada.
Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pele em pets estão:
- Exposição excessiva ao sol, principalmente entre 10h e 16h;
- Histórico familiar de tumores cutâneos;
- Idade avançada;
- Presença de verrugas, nódulos ou feridas que não cicatrizam;
- Comprometimento do sistema imunológico;
- Contato com substâncias químicas irritantes.
Mesmo cães e gatos com pelagem densa podem sofrer queimaduras solares em áreas mais expostas, como orelhas, focinho, abdômen e patas.
Principais tipos de câncer de pele em pets
Os tumores cutâneos representam uma das formas mais comuns de câncer em animais domésticos. Abaixo estão os tipos mais frequentes que acometem cães e gatos — incluindo aqueles com pele pigmentada:
Melanoma
Originado nos melanócitos, é o tipo mais relacionado à pigmentação da pele. Pode ser benigno ou maligno e costuma surgir na boca, pálpebras, almofadas plantares e regiões pigmentadas. O melanoma maligno tende a crescer rapidamente e pode se espalhar para outros órgãos.
Carcinoma de células escamosas
Geralmente está associado à exposição solar e aparece em áreas com pouco pelo. É mais comum em gatos brancos, mas também pode afetar cães de pelagem escura, especialmente se expostos ao sol por longos períodos.
Mastocitoma
Apesar de não estar diretamente ligado à pigmentação, é um tumor comum na pele dos cães. Ele se manifesta como nódulos firmes e pode ser confundido com alergias ou picadas de insetos.
Histiocitoma e fibrossarcoma
São tumores de origem celular diversa, geralmente benignos, mas que podem se tornar invasivos em alguns casos.
Sinais de alerta que exigem atenção imediata

A observação diária é uma das melhores ferramentas de prevenção. Alguns sinais que podem indicar alterações preocupantes na pele do seu pet incluem:
- Manchas escuras ou claras que mudam de cor ou formato;
- Feridas que não cicatrizam;
- Caroços ou nódulos sob a pele;
- Áreas doloridas ao toque;
- Queda localizada de pelos;
- Mau cheiro ou sangramento espontâneo.
Ao identificar qualquer uma dessas alterações, é fundamental procurar um médico-veterinário dermatologista ou oncologista. O diagnóstico precoce faz toda a diferença na eficácia do tratamento.
Como é feito o diagnóstico veterinário
O diagnóstico do câncer de pele em pets envolve uma série de etapas clínicas e laboratoriais. O veterinário pode solicitar:
- Exame físico detalhado: análise das lesões visíveis e palpáveis.
- Biópsia de pele: coleta de amostras para exame histopatológico e identificação do tipo celular envolvido.
- Citologia aspirativa: método rápido para avaliação inicial de nódulos.
- Exames de imagem: ultrassonografia, radiografia ou tomografia para verificar possíveis metástases.
Esses procedimentos permitem definir o tipo de tumor e o melhor protocolo de tratamento.
Tratamentos indicados para pets com câncer de pele
O tratamento varia de acordo com o tipo e o estágio do câncer, bem como a localização e o estado geral de saúde do animal. Entre as abordagens mais comuns estão:
Cirurgia
É a opção preferencial quando o tumor é localizado e não apresenta metástase. A remoção completa da lesão, com margens de segurança, pode garantir a cura em muitos casos.
Quimioterapia
Indicada para tumores malignos ou casos em que há risco de disseminação para outros órgãos. Pode ser utilizada isoladamente ou como complemento da cirurgia.
Radioterapia
Usada em situações específicas, principalmente quando o tumor não pode ser removido completamente por cirurgia.
Terapias complementares
Incluem o uso de antioxidantes, ajustes na dieta e acompanhamento nutricional para reforçar o sistema imunológico durante o tratamento.
Cuidados diários e prevenção

A prevenção é a melhor forma de proteger seu pet. Mesmo que ele tenha pele pigmentada, alguns cuidados diários são indispensáveis:
- Evite a exposição solar intensa: mantenha o animal em áreas sombreadas, especialmente entre 10h e 16h.
- Use protetor solar pet: existem produtos específicos para cães e gatos, aplicáveis em áreas expostas como focinho, orelhas e abdômen.
- Hidrate a pele: produtos dermatológicos veterinários ajudam a manter a barreira cutânea saudável.
- Realize check-ups regulares: visitas semestrais ao veterinário permitem a detecção precoce de alterações.
- Ofereça uma alimentação balanceada: nutrientes antioxidantes auxiliam na defesa celular contra os danos causados pelos radicais livres.
Cães e gatos de raças como Schnauzer, Boxer, Dálmata, Siamês e Persa costumam estar entre os mais suscetíveis, por isso merecem vigilância redobrada.
Importância do acompanhamento veterinário contínuo
A prevenção e o tratamento eficaz de doenças cutâneas e oncológicas em pets dependem da observação constante e de consultas regulares com o veterinário. Somente o profissional pode avaliar as particularidades da pele pigmentada e indicar medidas personalizadas de cuidado.
Além disso, o diagnóstico precoce é o fator que mais aumenta as chances de cura. Um nódulo identificado no início tem um prognóstico muito mais favorável do que um tumor em estágio avançado.
Conclusão
Cuidar de pets com pele pigmentada exige atenção especial, principalmente quando há predisposição ao câncer. Embora a melanina ofereça certa proteção natural contra os raios solares, ela não é uma barreira absoluta. A exposição prolongada ao sol, a genética e o envelhecimento são fatores que podem contribuir para o surgimento de tumores cutâneos.
A melhor forma de proteger seu cão ou gato é combinar prevenção, observação e acompanhamento veterinário. Evitar o sol nos horários críticos, utilizar protetor solar específico e examinar a pele do animal regularmente são atitudes simples que podem salvar vidas.
Com atenção e carinho, é possível garantir que seu pet viva com saúde, conforto e longe das complicações do câncer de pele.
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