Quando falamos sobre saúde da pele dos animais de estimação, muita gente pensa apenas em pulgas, carrapatos ou alergias. Mas existe um problema mais comum do que parece e que merece atenção especial: a pele oleosa em cães e gatos. Esse desequilíbrio pode gerar desconforto, mau cheiro, coceiras, e até infecções de pele, se não for tratado da forma certa.
Se o seu pet apresenta uma pele com aspecto brilhante, pelos grudados ou um odor mais forte que o normal, é bem possível que ele esteja lidando com excesso de oleosidade cutânea. E isso não deve ser ignorado.
Neste artigo, você vai entender o que causa esse problema, como identificá-lo, quais cuidados realmente funcionam e o que veterinários dermatológicos recomendam para manter a pele e os pelos saudáveis e livres de complicações.
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O que é pele oleosa em pets e por que ela acontece

A pele oleosa em animais é o resultado da produção excessiva de sebo pelas glândulas sebáceas, localizadas principalmente na pele do rosto, dorso e orelhas. Esse sebo, em quantidades normais, é essencial para proteger a pele, manter a hidratação e a barreira cutânea. Porém, quando há desequilíbrio, surgem os problemas.
Em cães e gatos, essa produção pode ser alterada por diversos fatores:
- Genética: Algumas raças têm maior tendência à oleosidade, como Cocker Spaniel, Basset Hound, Shar Pei, Pastor Alemão e Golden Retriever.
- Alimentação desequilibrada: Dietas pobres em nutrientes essenciais como ômega 3 e zinco prejudicam a saúde da pele.
- Banhos em excesso ou com produtos inadequados: Lavar demais pode remover a camada protetora da pele e provocar efeito rebote.
- Doenças hormonais ou metabólicas: Hipotireoidismo, alergias ou infecções como dermatites e seborréias secundárias.
- Fatores ambientais: Umidade excessiva, estresse ou clima quente podem estimular a produção de sebo.
Em muitos casos, a pele oleosa pode vir acompanhada de outros sinais de alerta, como:
- Coceira persistente
- Mau cheiro, mesmo após o banho
- Caspa, crostas ou descamações
- Vermelhidão ou feridas
- Queda de pelos localizada
Se o seu pet apresenta esses sintomas, é hora de observar com atenção e tomar medidas específicas.
Como identificar os sinais de pele oleosa no seu pet
É importante aprender a diferenciar uma pele naturalmente saudável de uma pele oleosa e propensa a problemas dermatológicos. Algumas pistas são visíveis ao toque e à observação diária:
1. Brilho anormal na pele e no pelo
Mesmo após o banho, o animal parece com “cabelo ensebado”? Isso pode indicar excesso de oleosidade. O brilho natural é bonito, mas quando se torna exagerado e oleoso ao toque, é um sinal de alerta.
2. Odor forte e persistente
Um dos sintomas mais comuns da pele oleosa em animais é o mau cheiro, que pode lembrar gordura rançosa. Esse odor é causado pela mistura de sebo, células mortas e, em muitos casos, pela proliferação de bactérias e fungos que se aproveitam desse ambiente.
3. Pele com crostas, caspas ou coloração alterada
Quando a produção de sebo sai do controle, a pele começa a reagir. É comum aparecerem crostas amarelas, caspa oleosa, manchas vermelhas ou até escurecimento da pele (hiperpigmentação).
4. Queda de pelos
O excesso de oleosidade pode entupir os folículos pilosos e dificultar o crescimento saudável dos pelos, causando falhas no pelame ou regiões com pelos ralos e quebradiços.
5. Coceira e desconforto
Mesmo sem pulgas ou alergias visíveis, o animal pode demonstrar inquietação, coceira constante, esfregar o rosto ou lamber excessivamente as patas. Isso é reflexo do incômodo causado pela oleosidade e possível inflamação da pele.
Ao notar esses sinais, é fundamental procurar um veterinário, preferencialmente especializado em dermatologia veterinária, para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado.
Cuidados essenciais com pets que têm pele oleosa

Tratar a pele oleosa do seu animal exige um conjunto de medidas que vão muito além de simplesmente dar banho com mais frequência. Inclusive, em muitos casos, banhos mal orientados só pioram o quadro.
Veja os cuidados mais importantes que você deve adotar:
1. Banhos com frequência correta e produtos adequados
A primeira regra é: não exagere na frequência dos banhos. O ideal é que eles sejam realizados conforme a recomendação veterinária — geralmente a cada 7 a 15 dias — com shampoos terapêuticos específicos para pele oleosa, ricos em ativos como:
- Ácido salicílico (ajuda a controlar o excesso de sebo)
- Zinco (tem ação anti-inflamatória e antisséptica)
- Enxofre (auxilia na renovação celular da pele)
- Clorexidina (controla infecções secundárias)
Evite shampoos perfumados, para humanos ou produtos com parabenos, álcool ou corantes.
2. Hidratação balanceada da pele
Pode parecer contraditório, mas pele oleosa também precisa de hidratação. Isso porque a produção exagerada de sebo muitas vezes é uma reação à falta de água na pele. Produtos hidratantes não oleosos, como sprays com lipossomas ou loções calmantes à base de aveia coloidal, são indicados para reequilibrar a barreira cutânea.
3. Suplementação nutricional
Em muitos casos, o tratamento da pele oleosa em pets envolve também suplementos ricos em ácidos graxos essenciais (como o ômega 3 e 6), zinco e biotina. Eles ajudam a fortalecer a pele de dentro para fora e reduzem inflamações.
4. Alimentação de qualidade
A dieta tem impacto direto na saúde da pele. Invista em rações ou alimentos formulados para pele sensível ou com ingredientes funcionais para equilíbrio cutâneo. Evite petiscos gordurosos, restos de comida ou fontes de gordura saturada.
5. Controle de doenças associadas
É essencial investigar se a pele oleosa está relacionada a outras condições, como:
- Alergias alimentares
- Dermatites atópicas
- Disfunções hormonais
- Infecções por Malassezia ou Staphylococcus
O tratamento de base é indispensável para controlar os sintomas e evitar recaídas.
O papel do veterinário dermatológico no tratamento da pele oleosa
Muitas vezes, tutores tentam resolver o problema em casa com banhos, trocas de ração ou pomadas sem prescrição. O risco disso é mascarar os sintomas e permitir que infecções se agravem.
O veterinário dermatologista é o profissional capacitado para:
- Avaliar o histórico clínico e comportamental do animal
- Realizar exames específicos, como raspado cutâneo, citologia ou culturas microbiológicas
- Identificar causas primárias e secundárias da oleosidade
- Prescrever shampoos, loções, medicamentos orais ou tópicos personalizados
- Monitorar a evolução e ajustar o tratamento ao longo do tempo
Com orientação correta, muitos casos de pele oleosa têm excelente resposta e os animais podem levar uma vida confortável, saudável e livre de desconfortos dermatológicos.
Prevenção: como evitar que a pele oleosa volte a causar problemas

Depois que a pele do pet melhora, o segredo está na manutenção e prevenção. Algumas medidas simples podem fazer toda a diferença:
- Evite banhos sem orientação veterinária
- Use produtos indicados para o tipo de pele do seu pet
- Mantenha uma dieta balanceada e com boa qualidade nutricional
- Faça check-ups dermatológicos periódicos, especialmente em raças predispostas
- Observe qualquer mudança de comportamento ou sinais sutis na pele e pelagem
Lembre-se: pele oleosa não é só um problema estético — é uma condição que pode afetar o bem-estar e a saúde geral do seu pet. A atenção preventiva e o cuidado contínuo são as melhores formas de manter seu companheiro feliz e saudável.
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Como saber se meu cachorro está com a pele oleosa?
Você pode perceber um brilho anormal no pelo, mau cheiro, crostas na pele, coceiras constantes e pelos grudados ou caindo com facilidade. O diagnóstico definitivo deve ser feito por um veterinário.
Dar banho com mais frequência resolve a pele oleosa?
Não necessariamente. Dependendo do caso, banhos em excesso podem piorar o quadro, pois estimulam mais a produção de sebo. O ideal é seguir a frequência recomendada por um profissional.
Existe shampoo específico para pele oleosa em pets?
Sim. Existem shampoos dermatológicos com ácido salicílico, enxofre, zinco e clorexidina, próprios para o controle da oleosidade sem agredir a pele. Eles devem ser prescritos por um veterinário.
Pele oleosa pode virar dermatite ou infecção?
Sim. Quando não tratada corretamente, a oleosidade excessiva pode criar um ambiente favorável à proliferação de bactérias, fungos e levar ao desenvolvimento de dermatites ou piodermites.
Raças peludas são mais propensas à pele oleosa?
Algumas raças com pelagem densa ou predisposição genética, como Cocker Spaniel, Basset Hound, Shar Pei e Golden Retriever, podem sim apresentar maior tendência à pele oleosa.