A pele dos pets é um verdadeiro espelho da saúde. Quando algo está errado no organismo, os primeiros sinais muitas vezes aparecem na forma de coceiras, feridas, queda de pelos ou vermelhidão. É comum que tutores associem esses sintomas apenas a problemas externos, como alergias ou parasitas. No entanto, em muitos casos, a origem está em desequilíbrios internos que só podem ser detectados através de exames laboratoriais, especialmente o exame de sangue.
Entender a importância do exame de sangue na investigação de doenças de pele em cães e gatos é fundamental para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz. Neste artigo, vamos explorar como esse exame auxilia na dermatologia veterinária, quais informações ele revela e por que é indispensável para manter o bem-estar do seu pet.
Tópicos do Artigo:
A Pele Como Espelho da Saúde Interna

A pele é o maior órgão do corpo dos animais e desempenha funções vitais, como proteção, regulação térmica e sensorial. Quando há algo errado no organismo, ela costuma ser uma das primeiras estruturas a reagir. Por isso, dermatites, coceiras e inflamações podem ter causas muito mais complexas do que aparentam.
Entre as possíveis origens de alterações dermatológicas em pets estão:
- Distúrbios hormonais (como hipotireoidismo e síndrome de Cushing)
- Doenças autoimunes
- Infecções sistêmicas
- Desequilíbrios nutricionais
- Alergias alimentares ou ambientais
- Problemas hepáticos ou renais
O exame clínico é essencial, mas o exame de sangue é o que confirma suspeitas e revela o que os olhos não veem. Ele fornece uma visão ampla sobre como o corpo está funcionando internamente e ajuda o veterinário a direcionar o tratamento correto.
Como o Exame de Sangue Auxilia na Investigação Dermatológica
O exame de sangue é uma ferramenta de diagnóstico que vai muito além da contagem de células. Ele pode indicar inflamações, infecções, deficiências nutricionais, problemas hormonais e até alterações metabólicas que se refletem na pele e nos pelos dos animais.
Os tipos de exames mais utilizados na dermatologia veterinária incluem:
Hemograma completo
O hemograma avalia as células do sangue — glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Alterações nesses componentes podem indicar infecções bacterianas, parasitárias ou virais, além de processos inflamatórios crônicos. Por exemplo:
- Um aumento de eosinófilos pode sugerir alergias ou infestações por pulgas.
- Uma anemia pode sinalizar doenças sistêmicas ou perdas de sangue por dermatites severas.
Bioquímica sérica
Esse exame analisa o funcionamento de órgãos como fígado, rins e pâncreas. Muitas doenças internas afetam a qualidade da pele e do pelo.
Por exemplo, um fígado sobrecarregado pode levar a acúmulo de toxinas, refletindo em oleosidade excessiva, coceira e mau odor. Já distúrbios renais podem causar ressecamento da pele e queda de pelos.
Dosagens hormonais
Algumas dermatopatias têm relação direta com desequilíbrios hormonais. O exame de sangue pode incluir testes de T4 livre e TSH (para avaliar a tireoide) ou cortisol (para investigar a síndrome de Cushing).
Essas condições geralmente causam pele fina, queda de pelos simétrica e lesões que demoram a cicatrizar.
Exames imunológicos e sorológicos
Quando há suspeita de doenças autoimunes ou infecções fúngicas e bacterianas mais graves, o sangue pode revelar a presença de anticorpos específicos. Assim, o veterinário diferencia uma simples alergia de uma condição sistêmica mais séria.
Em resumo: o exame de sangue é como um mapa que guia o profissional até a causa real do problema dermatológico.
Doenças de Pele Que o Exame de Sangue Ajuda a Diagnosticar
A lista de doenças dermatológicas em cães e gatos é extensa, e muitas delas estão relacionadas a fatores internos. Veja algumas das mais comuns em que o exame de sangue é indispensável para o diagnóstico:
Dermatite alérgica
Causada por alimentos, picadas de pulgas ou agentes ambientais, a dermatite alérgica provoca coceira intensa e inflamações. O exame de sangue ajuda a identificar a resposta alérgica do organismo e descartar outras causas.
Hipotireoidismo
Comum em cães de meia-idade, o hipotireoidismo leva à queda de pelos, ganho de peso e apatia. O exame de T4 e TSH confirma a deficiência hormonal, permitindo o início do tratamento com reposição.
Síndrome de Cushing
Caracterizada pela produção excessiva de cortisol, a síndrome de Cushing provoca afinamento da pele, infecções recorrentes e abdômen dilatado. A dosagem hormonal no sangue é essencial para o diagnóstico.
Doenças hepáticas e renais
Problemas nesses órgãos alteram a metabolização de nutrientes e toxinas, afetando diretamente a saúde da pele. A bioquímica sanguínea detecta essas alterações antes mesmo que surjam sintomas mais graves.
Infecções bacterianas e parasitárias
Certos tipos de bactérias e parasitas, como Ehrlichia e Leishmania, provocam manifestações cutâneas que podem ser confundidas com alergias. O exame de sangue permite identificar o agente causador.
A Importância do Diagnóstico Completo

Em dermatologia veterinária, tratar apenas os sintomas é um erro comum. Aplicar pomadas, shampoos ou antibióticos sem saber a origem do problema pode até aliviar temporariamente, mas não resolve a causa.
O exame de sangue fornece dados concretos que complementam o exame clínico, o histórico do animal e outros testes, como raspado de pele, citologia e cultura fúngica.
Com esse conjunto de informações, o veterinário define se o quadro é alérgico, hormonal, infeccioso ou metabólico — e, principalmente, como tratá-lo da forma mais eficaz.
Além disso, o sangue pode indicar deficiências nutricionais, como falta de zinco, cobre ou vitaminas do complexo B, que impactam diretamente a saúde da pele e dos pelos.
Exame de Sangue Como Ferramenta de Prevenção
Outro ponto essencial é que o exame de sangue não serve apenas para diagnosticar doenças, mas também para preveni-las.
Animais que realizam exames de rotina têm mais chances de detectar alterações antes que causem sintomas visíveis.
O ideal é que cães e gatos façam check-ups anuais, com frequência maior em animais idosos ou com histórico de doenças dermatológicas.
Esses exames permitem ajustar a alimentação, identificar alergias em estágios iniciais e acompanhar a resposta a tratamentos dermatológicos.
A prevenção é sempre mais segura (e econômica) do que tratar doenças avançadas.
Como o Tutor Pode Ajudar no Processo de Diagnóstico
O tutor tem papel fundamental na identificação precoce dos problemas de pele. Observar mudanças sutis no comportamento ou na aparência do animal é o primeiro passo.
Sinais de alerta incluem:
- Lambedura excessiva em uma área específica
- Cheiro forte na pele
- Caspas e crostas persistentes
- Coceiras noturnas
- Perda de pelos em regiões simétricas
Ao notar qualquer alteração, o tutor deve levar o pet ao veterinário o quanto antes. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de tratamento rápido e eficaz.
Também é importante seguir corretamente as orientações médicas após a coleta: manter o pet em jejum quando solicitado, evitar estresse no dia do exame e garantir que as amostras sejam analisadas em laboratório confiável.
O Papel do Médico-Veterinário Dermatologista

O veterinário dermatologista é o profissional especializado em doenças de pele, pelos e orelhas dos animais. Ele interpreta o resultado dos exames laboratoriais à luz do quadro clínico do paciente, garantindo um diagnóstico preciso.
Em casos mais complexos, pode solicitar biópsias de pele, testes hormonais complementares ou ultrassonografias para avaliar órgãos internos.
Essa abordagem detalhada permite identificar doenças sistêmicas que, sem o exame de sangue, passariam despercebidas.
O acompanhamento contínuo também é essencial para ajustar o tratamento conforme os resultados evoluem.
Conclusão: Saúde Interna, Pele Saudável
A saúde da pele de um pet reflete o equilíbrio de todo o organismo. Coceiras e feridas podem ser apenas a ponta do iceberg de algo mais profundo.
Por isso, o exame de sangue é indispensável na investigação de doenças dermatológicas — ele revela o que está por trás dos sintomas e orienta um tratamento realmente eficaz.
Realizar exames regulares, observar o comportamento do animal e manter acompanhamento veterinário são atitudes que garantem qualidade de vida, bem-estar e longevidade para cães e gatos.
Afinal, cuidar da pele do seu pet é também cuidar da sua saúde por inteiro.
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Com que frequência devo fazer exame de sangue no meu pet?
O ideal é realizar um exame completo uma vez por ano. Animais idosos, alérgicos ou em tratamento devem ser avaliados com maior frequência, conforme orientação veterinária.
O exame de sangue dói ou oferece riscos?
Não. O procedimento é rápido e seguro. A coleta é feita de forma indolor e com agulhas finas, garantindo o conforto do animal.
Todo problema de pele precisa de exame de sangue?
Nem sempre, mas ele é altamente recomendado. Em muitos casos, o exame clínico não é suficiente para identificar a causa exata, e o sangue fornece informações complementares essenciais para o diagnóstico.

