Se você é tutor de um Spitz Alemão e já percebeu áreas de pelagem rala, falhas simétricas ou regiões inteiras sem pelo, provavelmente já ouviu falar em Alopecia X. Essa condição, ainda considerada de causa incerta, é bastante comum nessa raça e costuma ser motivo de muita preocupação para quem preza pela saúde e aparência do seu pet.
Mas a boa notícia é que a medicina veterinária dermatológica avançou muito nos últimos anos, e um dos tratamentos que vem ganhando destaque é o microagulhamento — uma técnica que estimula a regeneração capilar, promove renovação celular e induz fatores de crescimento com resultados bastante promissores.
Neste artigo, você vai entender o que é Alopecia X, como o microagulhamento atua no organismo canino, por que esse procedimento está sendo cada vez mais indicado, e o que esperar ao incluí-lo nos protocolos veterinários.
Tópicos do Artigo:
O que é a Alopecia X e por que ela afeta especialmente o Spitz Alemão?

A Alopecia X, também conhecida como “alopecia por parada do ciclo folicular”, é uma condição não inflamatória e progressiva que acomete principalmente cães da raça Spitz Alemão, Pomerânia e Chow Chow. Sua origem ainda é incerta — por isso o nome “X” —, mas há fortes indícios de que esteja relacionada a fatores hormonais, genéticos e metabólicos.
Como identificar a Alopecia X
Ela se caracteriza por uma perda gradual e simétrica dos pelos, sem sinais evidentes de coceira, inflamação ou dor. Os primeiros sinais costumam surgir na região da cauda e na parte posterior das coxas, estendendo-se depois para o tronco.
O cão permanece saudável, ativo e sem alterações laboratoriais, o que dificulta o diagnóstico. O que mais chama atenção é a pelagem que simplesmente para de crescer.
Por que o Spitz é mais suscetível?
A raça Spitz apresenta estrutura folicular e densidade de pelo que favorecem o aparecimento da condição. Além disso, questões hormonais, como baixa sensibilidade à melatonina ou desequilíbrios na produção de hormônios sexuais, podem contribuir para o desenvolvimento do quadro.
A boa notícia é que há tratamento, e o microagulhamento está entre as terapias mais eficazes para devolver brilho, volume e vida à pelagem do seu amigo de quatro patas.
Microagulhamento em cães: o que é e como funciona
O microagulhamento, também chamado de “terapia de indução de colágeno”, é um procedimento minimamente invasivo que utiliza um dispositivo com microagulhas para criar pequenas perfurações controladas na pele.
Essas microlesões ativam um processo natural de cicatrização, o que promove a liberação de fatores de crescimento, estimula a produção de colágeno e elastina, além de aumentar a vascularização local. Nos protocolos veterinários, essa técnica vem sendo adaptada com grande sucesso.
Aplicações veterinárias do microagulhamento
O microagulhamento em pets vem sendo utilizado para:
- Estimular crescimento capilar em casos de alopecias não inflamatórias
- Aumentar a absorção de dermocosméticos terapêuticos
- Potencializar os efeitos de tratamentos como o PRP (plasma rico em plaquetas)
- Renovar áreas com cicatrizes atróficas
- Reequilibrar a barreira cutânea em cães com dermatites crônicas
No caso da Alopecia X em Spitz, a aplicação mais promissora é o estímulo do ciclo folicular para reativar o crescimento dos pelos — algo que tratamentos convencionais, como shampoos ou suplementos, muitas vezes não conseguem sozinhos.
Como o microagulhamento ajuda no tratamento da Alopecia X

A grande vantagem do microagulhamento é que ele atua diretamente no folículo piloso, onde ocorre a interrupção do crescimento dos pelos. A técnica funciona como um “choque de renovação”, forçando o organismo do cão a reparar a área e reiniciar o ciclo folicular.
Estímulo de fatores de crescimento
As microlesões provocadas pelo procedimento ativam mediadores biológicos que desencadeiam a liberação de fatores de crescimento como o EGF (fator de crescimento epidérmico) e o VEGF (fator de crescimento vascular endotelial). Esses elementos são fundamentais para reativar os folículos adormecidos.
Renovação celular e vascularização
Além de atuar no crescimento dos pelos, o microagulhamento melhora a oxigenação da pele, aumenta o fluxo sanguíneo local e renova a epiderme — criando um ambiente mais saudável para que o pelo volte a crescer de forma forte e uniforme.
Melhora na absorção de ativos
Um dos grandes diferenciais dessa técnica é que ela potencializa a absorção de dermocosméticos aplicados na sequência do procedimento, como loções capilares, vitaminas tópicas ou hormônios moduladores. Isso ocorre porque os canais abertos pelas microagulhas permitem uma penetração mais profunda e eficaz dos ativos.
Compatibilidade com outros tratamentos
O microagulhamento é frequentemente combinado com o PRP (plasma rico em plaquetas), que utiliza o próprio sangue do cão para acelerar o processo de regeneração capilar. Essa combinação é conhecida como protocolo de alta performance em dermatologia veterinária.
Como é feito o microagulhamento em cães com alopecia
O procedimento deve ser realizado exclusivamente por um médico-veterinário especializado em dermatologia, dentro de um ambiente clínico preparado. O processo é rápido, seguro e praticamente indolor.
Etapas do microagulhamento veterinário
- Avaliação prévia: o cão passa por consulta dermatológica e pode precisar de exames laboratoriais.
- Preparo da pele: higienização completa da região e, em alguns casos, tricotomia (raspagem dos pelos ao redor).
- Aplicação do anestésico tópico ou sedação leve: dependendo da sensibilidade do cão.
- Microagulhamento com roller ou caneta elétrica: o profissional realiza movimentos uniformes na área afetada.
- Aplicação de ativos tópicos ou PRP: aproveitando a maior absorção da pele.
- Pós-procedimento: orientação sobre cuidados domiciliares, uso de loções cicatrizantes e intervalos entre sessões.
Quantas sessões são necessárias?
O protocolo padrão para Alopecia X costuma incluir de 3 a 6 sessões mensais, com resultados visíveis a partir da segunda aplicação. A resposta pode variar de acordo com o estágio da alopecia, idade do cão e individualidade biológica.
Resultados esperados e cuidados após o procedimento

Tutores que optam pelo microagulhamento relatam recuperação progressiva da pelagem, brilho natural e retomada do volume perdido. Apesar de não ser uma cura definitiva — já que a Alopecia X é uma condição de controle — o procedimento oferece uma melhora estética significativa e duradoura.
Principais benefícios relatados:
- Crescimento de novos fios
- Redução de áreas com falhas
- Melhora na textura e hidratação da pele
- Retorno do aspecto “fofinho” característico da raça
- Maior autoestima para o tutor (sim, isso também importa!)
Cuidados no pós-procedimento:
- Evitar banho por 48 horas
- Manter o cão longe do sol por alguns dias
- Não aplicar produtos não recomendados pelo veterinário
- Evitar que o pet coce a região tratada
- Voltar para reavaliação conforme orientado
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1. Microagulhamento é seguro para todos os cães com alopecia?
Sim, desde que seja realizado por um veterinário e que o cão não tenha doenças infecciosas ou inflamatórias na pele. Cães com doenças hormonais descompensadas devem ser estabilizados antes do procedimento.
2. Em quanto tempo vejo os resultados no pelo do meu Spitz?
Os primeiros sinais aparecem em média após 30 a 45 dias. No entanto, a regeneração capilar pode continuar por até 3 meses após o término do protocolo.
3. O microagulhamento dói no animal?
Não. O procedimento é feito com anestesia tópica ou sedação leve, e o cão não sente dor significativa. O desconforto é mínimo.
4. Posso fazer o tratamento em casa com aparelhos comprados online?
De forma alguma. O microagulhamento exige técnica, assepsia e conhecimento médico. Fazer em casa coloca o pet em risco de infecções graves e piora do quadro.
5. O pelo vai crescer para sempre ou pode cair de novo?
A Alopecia X não tem cura definitiva, então os pelos podem voltar a cair com o tempo. O objetivo do tratamento é manter a condição controlada com o mínimo de recorrência possível, por isso é fundamental manter o acompanhamento veterinário contínuo.