A atopia em cães, também conhecida como dermatite atópica canina, é uma das condições dermatológicas mais comuns na rotina de tutores e veterinários. Trata-se de uma alergia de origem ambiental que provoca inflamação, coceira intensa e desconforto contínuo. Muitos cães passam meses sofrendo sem diagnóstico correto simplesmente porque os sinais podem ser confundidos com pulgas, irritações pontuais ou até estresse.
O grande desafio da atopia é que ela não aparece de uma só vez. Os sintomas surgem aos poucos, variam em intensidade e mudam com as estações do ano, o que atrasa a percepção do tutor. Por isso, entender os sinais mais frequentes é essencial para buscar ajuda profissional no momento certo e evitar que o pet entre no ciclo de inflamação, feridas e infecções recorrentes.
A seguir, você vai ver os sintomas mais comuns e como cada um deles pode se manifestar no dia a dia do seu cão.
Tópicos do Artigo:
Coceira intensa: o sintoma mais marcante da atopia

A coceira é o primeiro sinal que chama a atenção. Em cães atópicos, ela não é leve, nem ocasional. É uma coceira persistente, que aparece em diferentes momentos do dia e muitas vezes piora à noite. A intensidade é tão grande que o cão pode:
- se coçar sem parar com as patas
- esfregar o corpo no chão, no sofá ou nas paredes
- morder a pele tentando aliviar o incômodo
- acordar no meio da noite para se coçar
Essa coceira exagerada causa feridas superficiais que evoluem rapidamente para inflamação, irritação e até infecção bacteriana ou fúngica. É comum que tutores acreditem que o problema é exclusivamente emocional ou relacionado a pulgas, mas a atopia provoca uma coceira muito mais contínua e difusa, geralmente afetando focinho, orelhas, patas, axilas e barriga.
Quando a coceira se torna rotina, é um sinal claro de que a pele está reagindo a alérgenos ambientais como ácaros, poeira, pólen e mofo.
Lambedura das patas e sinais de sofrimento silencioso
A lambedura excessiva das patas é uma das marcas registradas da dermatite atópica. O cão lambe e morde os dedos como se estivesse tentando “apagar um incêndio”. Em pouco tempo, isso causa:
- vermelhidão entre os dedos
- escurecimento da pele
- queda de pelos
- mau cheiro
- irritação constante
Muitos tutores associam essa lambedura ao hábito ou ao tédio, mas quando o comportamento é repetitivo, frequente e focado sempre nas patas, o mais provável é que seja alergia.
A lambedura crônica deixa a região úmida e sensível, criando um ambiente perfeito para proliferação de fungos e bactérias. Assim começam infecções recorrentes que tornam o desconforto ainda maior.
Se o pet lambe muito as patas após passeios, no fim do dia ou sempre antes de dormir, é importante considerar a atopia como uma causa possível.
Otites recorrentes: o ouvido também revela alergia

Outro sintoma muito comum da atopia são as otites repetitivas. Elas acontecem porque o canal auditivo também inflama quando o organismo reage a alérgenos ambientais. O pet pode apresentar:
- cheiro forte e desagradável nas orelhas
- acúmulo de cerúmen escuro
- sensibilidade ao toque
- cabeça inclinada
- coceira intensa no ouvido
- balanço de cabeça frequente
É comum que o tutor trate a otite com medicamentos indicados pelo veterinário e veja melhora rápida, mas o problema volta semanas depois. Essa recorrência é um grande indicativo de que a causa não é isolada, mas sim um quadro inflamatório crônico relacionado à atopia.
Quanto mais tempo passa sem diagnóstico, mais frequentes e difíceis de tratar se tornam as infecções nos ouvidos.
Perda de pelo e falhas visíveis no corpo
A queda de pelos também é um dos sinais clássicos. Ela ocorre porque a pele fica constantemente inflamada e agredida pela coceira e pela lambedura. Com o tempo, começam a aparecer:
- falhas ao redor dos olhos
- regiões sem pelo nas patas
- áreas raspadas pela coceira na barriga ou no tórax
- afinamento dos pelos na virilha e axilas
A pelagem perde brilho, fica mais fraca e cresce de forma irregular. Em casos avançados, algumas áreas podem ficar completamente expostas.
A queda de pelo causada por atopia costuma se concentrar nas regiões onde a inflamação é mais intensa, e não é uniforme como acontece em estresse ou doenças hormonais. É um sinal de alerta que não deve ser ignorado.
Hiperpigmentação e vermelhidão: a pele muda de aspecto

Quando a pele do cão passa muito tempo inflamada, ela começa a mudar de cor e textura. Dois sinais típicos da atopia são:
Vermelhidão
A pele fica avermelhada principalmente em:
- focinho
- axilas
- barriga
- virilha
- entre os dedos
- em torno das orelhas
Essas áreas ficam quentes, sensíveis e com aspecto irritado. A vermelhidão pode aparecer após crises de coceira ou ser constante em fases mais avançadas da alergia.
Hiperpigmentação
Quando a inflamação persiste por meses, a pele começa a escurecer e ganhar um tom acastanhado ou amarelado. Isso ocorre porque o corpo tenta se proteger do trauma repetido causado por coceira e lambedura. É comum observar hiperpigmentação principalmente:
- nas patas
- na virilha
- no abdômen
- nas axilas
A alteração de cor é um sinal claro de que a pele está sofrendo há bastante tempo.
Como identificar se o seu cão pode ter atopia
Reconhecer a atopia cedo faz toda a diferença no tratamento. Alguns sinais indicam que é hora de procurar um veterinário dermatologista:
- o cão se coça quase todos os dias
- existem feridas que cicatrizam e voltam
- o pet tem otites repetidas durante o ano
- as patas vivem molhadas de tanta lambedura
- a pele está escurecendo em certas áreas
- existe perda de pelo em regiões específicas
- banhos, trocas de ração ou remédios só aliviam por alguns dias
Embora os sintomas possam variar, a atopia costuma seguir um padrão crônico e progressivo. Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, menor o sofrimento do pet e maior a chance de controlar as crises.
Conclusão
A atopia em cães é uma condição que exige atenção contínua e cuidado especializado. Os sintomas mais comuns, como coceira intensa, lambedura das patas, otites frequentes, perda de pelo, vermelhidão e hiperpigmentação, são sinais claros de que a pele está inflamando de forma persistente.
Identificar esses sintomas precocemente ajuda o tutor a buscar o tratamento adequado e impede que o problema se agrave. Com acompanhamento dermatológico, mudanças na rotina e terapias específicas, muitos cães conseguem viver bem, com menos crises e muito mais conforto.
Se o seu pet apresenta um ou mais desses sinais, não espere o quadro piorar. A orientação certa transforma totalmente a qualidade de vida do animal.
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