A piodermite canina é uma das doenças de pele mais frequentes nos consultórios veterinários. Ela causa desconforto, coceira constante, lesões e pode evoluir rapidamente quando não tratada. Apesar de comum, ainda gera muitas dúvidas: o que realmente causa a infecção? Como identificar os primeiros sinais? Quando é preciso iniciar antibiótico? E, principalmente, como evitar que volte a acontecer?
Este artigo explica de forma simples e completa tudo o que os tutores precisam saber para reconhecer, tratar e prevenir a piodermite. Assim, você consegue ajudar seu pet a se recuperar com mais rapidez e qualidade de vida.
Tópicos do Artigo:
O que é piodermite canina

A piodermite canina é uma infecção bacteriana da pele. Ela ocorre quando bactérias que convivem naturalmente na superfície cutânea encontram condições favoráveis para se multiplicar de maneira exagerada. Isso acontece, principalmente, quando há comprometimento da barreira cutânea, excesso de umidade ou inflamação crônica.
As bactérias mais frequentes são do gênero Staphylococcus, especialmente Staphylococcus pseudintermedius, que faz parte da flora normal dos cães, mas pode se tornar oportunista.
A piodermite pode ser superficial ou profunda. Na superficial, a infecção compromete as camadas mais externas da pele. Já na profunda, as bactérias atingem tecidos mais internos, podendo formar nódulos, secreção intensa, dor e até febre.
Independente da profundidade, a infecção exige tratamento correto para evitar recorrências, resistência bacteriana e complicações.
Principais causas da piodermite
Embora muita gente associe piodermite a “falta de banho” ou pouca higiene, a realidade é bem mais complexa. A infecção costuma ser consequência de algo que já está alterando a pele do cão.
As causas mais comuns incluem:
Alergias de pele
A dermatite atópica, alergia alimentar e alergia a picadas de pulgas são os maiores gatilhos. A inflamação crônica compromete a barreira cutânea e facilita a entrada de bactérias. Cães alérgicos geralmente apresentam infecções recorrentes.
Umidade e falta de ventilação
Regiões úmidas como dobras da pele, orelhas, axilas e entre os dedos favorecem proliferação de microrganismos. Animais que nadam com frequência também têm risco maior.
Desequilíbrios hormonais
Hipotireoidismo e síndrome de Cushing deixam a pele mais frágil e suscetível à infecção.
Parasitas
Pulgas, carrapatos e ácaros causam coceira intensa e microferidas, abrindo caminho para bactérias.
Feridas mal cicatrizadas
Arranhões, mordidas e pequenas lesões podem evoluir para infecções locais.
Falhas na barreira cutânea
Cães com pele seca, dermatites crônicas ou predisposição genética apresentam proteção natural reduzida.
A causa precisa deve ser identificada, porque a piodermite é geralmente consequência de algo maior e não apenas um problema isolado.
Sintomas que ajudam a identificar a piodermite

Os sinais variam conforme a gravidade da infecção, mas alguns são bastante típicos.
Coceira e lambedura constante
O cão tenta aliviar o incômodo lambendo ou mordiscando a região afetada.
Vermelhidão e inflamação
Áreas avermelhadas e sensíveis são comuns.
Pústulas e crostas
Pequenas bolhas com pus, feridas cobertas por crostas e pontos amarelados são muito característicos.
Queda de pelos
Alopecia localizada pode ocorrer ao redor das lesões.
Mau cheiro
Infecções mais intensas liberam odor desagradável.
Dor ao toque
A piodermite profunda costuma ser mais dolorosa.
Quanto mais cedo o tutor identifica esses sinais, mais rápido o pet se recupera.
Diagnóstico correto: por que é tão importante
A avaliação veterinária é indispensável para confirmar a piodermite e, principalmente, entender sua causa.
O diagnóstico envolve:
Exame clínico completo
O veterinário avalia as lesões, a distribuição no corpo, o histórico do pet e fatores predisponentes.
Citologia
É o exame mais utilizado. Consiste em analisar células da pele ao microscópio para identificar bactérias, inflamação e possíveis fungos.
Cultura bacteriana e antibiograma
Indicado em casos graves ou recorrentes. O teste identifica a bactéria específica e determina qual antibiótico será eficaz, evitando resistência.
Testes adicionais
Em casos de suspeita de alergias ou doenças hormonais, exames complementares são necessários.
Diagnosticar corretamente evita tratamentos repetidos, falhas terapêuticas e infecções que sempre voltam.
Tratamento correto da piodermite canina

O tratamento depende da gravidade e da causa da infecção. Normalmente, ele combina terapia tópica, medicamentos sistêmicos e controle de fatores predisponentes.
Limpeza e terapia tópica
Banhos com shampoos antissépticos, como clorexidina, ajudam muito a controlar a infecção. A frequência depende do quadro, mas geralmente varia entre duas e três vezes por semana no início.
Cremes ou sprays antibacterianos podem ser indicados para lesões localizadas.
Antibióticos orais
Indispensáveis nos casos moderados a graves ou quando há piodermite profunda. O tempo de uso costuma ser de três a seis semanas, dependendo da resposta do pet. Interromper antes do tempo pode gerar recaída e resistência bacteriana.
Controle das alergias
Se a piodermite estiver ligada a dermatite atópica ou alergia alimentar, o tratamento deve incluir controle da doença de base. Caso contrário, a infecção sempre voltará.
Tratamento de parasitas
Pipetas, comprimidos e coleiras ajudam a eliminar pulgas, carrapatos e ácaros, prevenindo novas lesões.
Reforço da barreira cutânea
Suplementos com ácidos graxos, hidratação tópica e produtos que restauram a barreira da pele auxiliam na recuperação.
O acompanhamento com o veterinário é essencial para garantir que a infecção realmente cicatrizou.
Prevenção: como evitar que a piodermite volte
Prevenir é sempre melhor do que tratar, especialmente em pets com predisposição.
Algumas medidas fundamentais incluem:
- Manter controle rigoroso de pulgas e carrapatos.
- Evitar excesso de umidade, incluindo secar bem após banhos e brincadeiras na água.
- Fazer hidratação regular da pele com produtos indicados para pets com sensibilidade.
- Controlar alergias com acompanhamento dermatológico.
- Revisar a alimentação, quando há suspeita de alergia alimentar.
- Evitar feridas provocadas por excesso de coceira.
- Realizar acompanhamentos periódicos para pets com histórico de piodermite recorrente.
Com cuidados contínuos, a maioria dos cães consegue manter a pele saudável por longos períodos.
Conclusão
A piodermite canina é uma infecção comum, mas pode ser dolorosa, incômoda e recorrente quando não recebe o tratamento adequado. Entender as causas, observar os primeiros sinais e buscar atendimento veterinário rapidamente fazem toda a diferença na recuperação.
Mais do que tratar a infecção, é essencial identificar o que está por trás dela. Alergias, parasitas, umidade e problemas hormonais são os principais gatilhos e precisam ser controlados para que o quadro não volte.
Com cuidados corretos, acompanhamento e prevenção contínua, é possível devolver conforto, saúde e qualidade de vida ao seu cão.
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