A saúde da pele dos pets é um dos aspectos mais importantes para garantir o bem-estar e a qualidade de vida deles. Coceiras, manchas, vermelhidão e mau cheiro são sinais que muitos tutores percebem, mas nem sempre conseguem identificar o motivo. Entre as causas mais comuns estão as infecções bacterianas e fúngicas, que podem parecer parecidas à primeira vista, mas exigem tratamentos completamente diferentes.
Saber diferenciar essas condições é essencial para agir rápido e buscar o tratamento adequado. Neste artigo, você vai entender as principais diferenças entre infecções bacterianas e fúngicas na pele do seu pet, seus sintomas, causas, riscos e como agir ao primeiro sinal de problema.
Tópicos do Artigo:
Entendendo a pele dos pets

A pele é o maior órgão do corpo dos animais e tem diversas funções essenciais, como proteger contra agentes externos, regular a temperatura e atuar como barreira imunológica.
Quando algo afeta essa barreira — seja um parasita, um fungo ou uma bactéria — o corpo reage com inflamações, coceiras e lesões visíveis.
Em muitos casos, o tutor percebe apenas que o animal “está se coçando demais” ou “com uma mancha estranha”. Porém, identificar se o problema é causado por bactérias ou fungos faz toda a diferença no sucesso do tratamento.
O que são infecções bacterianas na pele
As infecções bacterianas, chamadas de piodermites, são causadas por bactérias que penetram na pele, geralmente após uma lesão, picada de inseto ou enfraquecimento da imunidade.
Essas bactérias — como a Staphylococcus pseudintermedius, muito comum em cães — aproveitam brechas na barreira cutânea e provocam inflamações e feridas.
As piodermites podem ser superficiais (atingindo apenas as camadas externas da pele) ou profundas (atingindo folículos pilosos e tecidos mais internos). Quanto mais profundo o quadro, mais doloroso e demorado tende a ser o tratamento.
Sintomas das infecções bacterianas
Os sinais clínicos podem variar conforme a gravidade da infecção, mas os sintomas mais comuns incluem:
- Vermelhidão intensa e calor na pele
- Feridas com secreção amarelada ou purulenta
- Mau cheiro característico (odor azedo ou rançoso)
- Coceira intensa e desconforto constante
- Crostas e áreas com pus
- Perda localizada de pelos (alopecia)
- Lesões que aumentam rapidamente de tamanho
Em casos mais graves, o pet pode apresentar febre, dor ao toque e até apatia, pois o processo infeccioso causa inflamação generalizada e incômodo.
Causas mais comuns das infecções bacterianas
As principais causas e fatores que contribuem para o surgimento das infecções bacterianas são:
- Feridas ou arranhões não tratados
- Picadas de pulgas, carrapatos ou mosquitos
- Alergias cutâneas, que provocam coceira e machucados
- Problemas hormonais, como hipotireoidismo ou síndrome de Cushing
- Umidade excessiva, que facilita a proliferação de bactérias
- Imunidade baixa, comum em pets idosos ou com doenças crônicas
Essas condições criam um ambiente propício para o crescimento bacteriano e comprometem a integridade da pele.
O que são infecções fúngicas na pele

As infecções fúngicas, conhecidas como dermatofitoses ou micoses, são provocadas por fungos que se alimentam da queratina presente na pele, nos pelos e nas unhas.
Os fungos mais comuns em cães e gatos são os dos gêneros Microsporum, Trichophyton e Malassezia.
Diferente das bactérias, os fungos se desenvolvem mais lentamente, mas podem causar lesões extensas, queda de pelos e grande desconforto. Além disso, algumas espécies de fungos são zoonóticas, ou seja, podem ser transmitidas aos humanos — tornando a atenção redobrada.
Sintomas das infecções fúngicas
Os sintomas das infecções fúngicas tendem a ser mais sutis no início, mas evoluem de forma progressiva. Os principais sinais são:
- Áreas arredondadas sem pelos (falhas circulares)
- Descamação e pele seca
- Coceira moderada a intensa
- Feridas com bordas avermelhadas e centro esbranquiçado
- Odor levemente adocicado ou de mofo
- Espessamento ou escurecimento da pele
- Em casos avançados, crostas e secreção
Essas lesões costumam surgir no rosto, orelhas, patas e tronco, podendo se espalhar rapidamente se não forem tratadas.
Como diferenciar infecção bacteriana e fúngica
Embora os sintomas possam parecer semelhantes, existem algumas diferenças visuais e comportamentais que ajudam o tutor a identificar o tipo de infecção — embora apenas o veterinário possa confirmar com precisão.
Característica | Infecção Bacteriana | Infecção Fúngica |
---|---|---|
Velocidade de evolução | Rápida, com inflamação intensa | Lenta e progressiva |
Aparência das lesões | Vermelhas, úmidas, com pus | Secas, circulares e descamativas |
Odor | Forte e azedo | Leve, adocicado ou de mofo |
Coceira | Intensa, constante | Moderada |
Localização | Qualquer parte do corpo | Áreas com pelos densos ou umidade |
Transmissão para humanos | Rara | Possível (zoonose) |
Apesar dessas diferenças, o diagnóstico visual nunca deve substituir uma avaliação veterinária. Muitas vezes, um pet pode apresentar infecção mista — bacteriana e fúngica ao mesmo tempo — o que exige tratamento específico e acompanhamento profissional.
Diagnóstico veterinário: como é feito
O diagnóstico preciso é essencial para determinar o tratamento correto. O veterinário dermatologista costuma utilizar métodos como:
- Raspado de pele: coleta de amostras para análise microscópica.
- Cultura fúngica e bacteriana: identifica o tipo exato do microrganismo.
- Lâmpada de Wood: uma luz especial que detecta certos fungos.
- Exames de sangue e hormonais: ajudam a investigar causas secundárias, como alterações na tireoide.
Esses exames são rápidos, seguros e fundamentais para evitar o uso incorreto de medicamentos — como o uso de antibióticos em infecções fúngicas, o que pode piorar o quadro.
Tratamento das infecções bacterianas
O tratamento das infecções bacterianas geralmente envolve o uso de antibióticos tópicos e orais, prescritos conforme o tipo e a gravidade da infecção. Além disso, o veterinário pode indicar:
- Banhos terapêuticos com shampoos antissépticos
- Pomadas cicatrizantes e antibacterianas
- Limpeza diária das feridas
- Controle de parasitas
- Ajuste na alimentação e suplementação para fortalecer a imunidade
É importante nunca interromper o uso dos antibióticos antes do prazo indicado, mesmo que o pet pareça melhor, para evitar recidivas e resistência bacteriana.
Tratamento das infecções fúngicas

Já as infecções fúngicas exigem um tratamento mais longo e paciente. O uso de antifúngicos orais e tópicos é essencial para eliminar o fungo por completo. Em alguns casos, o veterinário recomenda:
- Banhos com shampoos antifúngicos
- Pomadas com miconazol, cetoconazol ou clotrimazol
- Antifúngicos orais, como itraconazol ou fluconazol
- Desinfecção do ambiente, caminhas e brinquedos
- Controle de umidade e higiene regular
Como as micoses são contagiosas, é importante isolar o pet infectado e lavar frequentemente tudo o que ele utiliza, evitando a contaminação de outros animais e humanos.
Cuidados complementares e prevenção
Prevenir é sempre o melhor caminho — e no caso das doenças de pele, isso significa manter uma rotina de cuidados consistente.
Veja algumas dicas que fazem toda a diferença no dia a dia:
- Banhos com produtos adequados e em frequência orientada pelo veterinário.
- Escovação regular para remover pelos mortos e sujeira.
- Controle de parasitas com antipulgas e carrapaticidas.
- Ambiente limpo, seco e ventilado.
- Alimentação rica em nutrientes e ácidos graxos.
- Check-ups dermatológicos periódicos, especialmente para pets com histórico de alergias ou infecções.
Com esses cuidados, a pele do seu pet se mantém saudável e resistente, diminuindo o risco de infecções.
Quando procurar o veterinário dermatologista
Se o seu pet apresenta coceira constante, manchas, odor forte, secreções ou feridas que não cicatrizam, é hora de procurar um veterinário dermatologista.
O tratamento precoce evita complicações, desconforto e até a transmissão de doenças fúngicas para outros animais da casa.
Lembre-se: quanto antes o diagnóstico for feito, mais rápido o seu pet se recupera e volta a ter uma pelagem bonita e saudável.
Conclusão
As infecções bacterianas e fúngicas podem parecer semelhantes, mas exigem cuidados totalmente diferentes. Saber reconhecer os sinais de cada uma é o primeiro passo para buscar ajuda e garantir o conforto e a saúde do seu pet.
A observação do tutor, aliada à avaliação do veterinário, é o caminho mais seguro para evitar que pequenos problemas de pele se tornem grandes complicações.
Com amor, atenção e cuidados adequados, é possível manter a pele e o pelo do seu melhor amigo sempre saudáveis, livres de coceira e infecções.
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