A saúde da pele em cães e gatos é uma das principais preocupações dos tutores que buscam qualidade de vida para seus animais de estimação. Infecções, alergias, verrugas e até tumores benignos são condições comuns que podem comprometer o bem-estar dos pets. Nos últimos anos, a medicina veterinária vem incorporando cada vez mais tratamentos minimamente invasivos, oferecendo soluções eficazes, rápidas e com menor desconforto para os animais.
Entre essas técnicas, a crioterapia se destaca como um dos métodos mais inovadores da dermatologia veterinária. Baseada no uso de temperaturas extremamente baixas para destruir tecidos anormais, ela já é amplamente utilizada na medicina humana e, hoje, ganha espaço na rotina veterinária como alternativa segura e eficaz.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é a crioterapia em cães e gatos, como funciona, em quais situações é indicada, seus benefícios, limitações e o que os tutores podem esperar dos resultados.
Tópicos do Artigo:
O que é crioterapia em cães e gatos

A crioterapia, também chamada de criocirurgia, é uma técnica que utiliza o frio intenso, geralmente por meio de nitrogênio líquido ou dióxido de carbono, para destruir tecidos anormais, como verrugas, tumores de pele benignos, cistos, hiperplasias e lesões dermatológicas resistentes a outros tratamentos.
O procedimento funciona porque o congelamento rápido provoca a formação de cristais de gelo dentro das células afetadas, rompendo suas membranas e levando à destruição do tecido doente, preservando as áreas saudáveis ao redor.
Na prática, é um tratamento seguro, preciso e de baixo risco, que pode ser realizado em consultório, muitas vezes sem a necessidade de anestesia geral.
Indicações da crioterapia veterinária
A crioterapia em cães e gatos é indicada principalmente em casos dermatológicos que envolvem:
- Verrugas (papilomas) comuns em cães idosos ou imunossuprimidos.
- Tumores de pele benignos, como adenomas sebáceos.
- Lesões pré-cancerígenas que precisam ser removidas antes de evoluírem.
- Cistos cutâneos em locais de fácil acesso.
- Hiperplasias e alterações de glândulas sebáceas.
- Lesões resistentes a medicamentos, como algumas dermatites crônicas localizadas.
- Lesões em regiões delicadas, como pálpebras, boca e orelhas, onde cirurgias convencionais seriam mais agressivas.
Vale destacar que a crioterapia não substitui todas as cirurgias dermatológicas. Em casos de tumores malignos profundos, por exemplo, a remoção cirúrgica tradicional ainda é a opção mais indicada.
Benefícios da crioterapia em pets
A popularização da crioterapia na dermatologia veterinária se deve a uma série de benefícios que ela oferece:
- Minimamente invasiva: não requer grandes cortes ou pontos.
- Pouca dor e desconforto: muitos procedimentos são realizados apenas com sedação leve ou anestesia local.
- Recuperação rápida: o tempo de cicatrização é menor do que em cirurgias tradicionais.
- Segurança: baixo risco de infecção, já que não há exposição de tecidos internos.
- Precisão: destrói apenas o tecido afetado, preservando a pele saudável.
- Menor custo em alguns casos: quando comparado a procedimentos cirúrgicos mais complexos.
- Possibilidade de repetição: o tratamento pode ser refeito se a lesão voltar ou não regredir totalmente na primeira aplicação.
Essas vantagens fazem da crioterapia uma excelente alternativa para cães idosos ou com condições de saúde que contraindicam cirurgias de grande porte.
Como é feito o procedimento

O processo de crioterapia em cães e gatos costuma seguir algumas etapas:
- Avaliação dermatológica: o veterinário identifica a lesão e confirma se ela é adequada para crioterapia. Em alguns casos, pode ser necessário biópsia prévia.
- Preparação do animal: dependendo da região e do tamanho da lesão, o pet pode receber apenas anestesia local ou sedação leve.
- Aplicação do frio: o nitrogênio líquido ou CO₂ é aplicado diretamente sobre a lesão, utilizando sondas ou sprays. O congelamento dura alguns segundos a minutos.
- Destruição do tecido: a lesão passa por ciclos de congelamento e descongelamento, o que intensifica a destruição das células anormais.
- Recuperação: o tecido tratado pode formar uma crosta, que cai naturalmente em alguns dias ou semanas.
Em geral, o animal pode voltar para casa no mesmo dia, sem necessidade de internação.
Cuidados após a crioterapia
Após o procedimento, os tutores devem observar alguns cuidados básicos para garantir uma boa recuperação:
- Evitar que o animal lamba ou arranhe a região tratada, utilizando colar elizabetano se necessário.
- Manter a área limpa e seca, seguindo as orientações do veterinário.
- Observar a cicatrização: é normal haver vermelhidão, inchaço leve ou formação de crosta.
- Retornar às consultas de revisão para avaliar a eficácia do tratamento e descartar recidivas.
A maioria dos pets apresenta cicatrização rápida e retorno ao bem-estar em poucos dias.
Limitações da crioterapia em pets
Apesar dos inúmeros benefícios, é importante destacar que a crioterapia não é indicada para todos os casos. Algumas limitações incluem:
- Tumores malignos profundos que exigem margens de segurança maiores.
- Lesões muito grandes ou em áreas de difícil acesso.
- Casos em que é necessária análise histopatológica completa (exame do tecido removido).
Por isso, o diagnóstico preciso com um dermatologista veterinário é essencial antes da escolha do tratamento.
O futuro da dermatologia veterinária minimamente invasiva

A crioterapia faz parte de uma tendência crescente de utilizar técnicas menos invasivas na medicina veterinária, trazendo mais qualidade de vida para os animais. Associada a outros recursos modernos, como o laser terapêutico e o microagulhamento, ela amplia o arsenal terapêutico para tratar doenças de pele em pets com segurança e eficácia.
Cada vez mais clínicas especializadas investem nesse tipo de tecnologia, tornando o tratamento acessível para tutores que desejam o melhor para seus animais de estimação.
Conclusão
A crioterapia em cães e gatos é uma das grandes inovações da dermatologia veterinária, permitindo tratar diversas lesões de pele de forma eficaz, segura e minimamente invasiva. Seus benefícios incluem recuperação rápida, menor desconforto e alta precisão, o que faz dela uma alternativa valiosa especialmente para animais idosos ou com restrições a cirurgias tradicionais.
Para os tutores, isso representa a possibilidade de oferecer um cuidado avançado, preservando a saúde e o bem-estar de seus pets. Já para a medicina veterinária, a crioterapia reforça o movimento em direção a terapias modernas, que unem ciência, tecnologia e qualidade de vida animal.
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A crioterapia em pets é dolorosa?
Na maioria dos casos, não. O procedimento pode causar desconforto leve, mas geralmente é realizado com anestesia local ou sedação leve, garantindo o bem-estar do animal.
Quais lesões podem ser tratadas com crioterapia em cães e gatos?
Verrugas, tumores de pele benignos, cistos e algumas lesões resistentes a medicamentos estão entre as principais indicações.
A crioterapia substitui a cirurgia tradicional?
Não totalmente. Embora seja eficaz em muitos casos, lesões malignas profundas ainda exigem remoção cirúrgica convencional para garantir margens de segurança adequadas.