A crioterapia é um procedimento cada vez mais utilizado na medicina veterinária dermatológica, especialmente no tratamento de lesões cutâneas em cães e gatos. Mesmo sendo considerada uma técnica minimamente invasiva, é comum que tutores fiquem apreensivos e se perguntem: crioterapia dói?
Essa dúvida é natural. Qualquer procedimento realizado em um animal de estimação gera preocupação, principalmente quando envolve intervenções na pele. A boa notícia é que a crioterapia, quando bem indicada e realizada por um profissional habilitado, tende a ser rápida, segura e bem tolerada pela maioria dos pets.
Neste artigo, você vai entender como funciona a crioterapia em cães e gatos, se o procedimento causa dor, quando ele é recomendado, quais cuidados são necessários e como ocorre a recuperação. O objetivo é trazer informação clara, acessível e confiável para que o tutor se sinta mais seguro ao avaliar essa opção de tratamento.
Tópicos do Artigo:
O que é crioterapia e como ela funciona em pets

A crioterapia é um tratamento que utiliza frio intenso para destruir tecidos alterados ou doentes. Na medicina veterinária, o frio é aplicado diretamente sobre a lesão por meio de substâncias específicas ou equipamentos próprios, levando à morte controlada das células afetadas.
O mecanismo é simples: o congelamento provoca danos celulares, interrompe o fluxo sanguíneo local e leva à destruição gradual do tecido tratado. Com o passar dos dias, essa área sofre um processo natural de cicatrização e regeneração.
Em cães e gatos, a crioterapia é amplamente utilizada em:
- Verrugas
- Papilomas
- Pequenas massas cutâneas benignas
- Lesões superficiais da pele
- Alterações dermatológicas localizadas
Por ser um procedimento localizado, não há necessidade de cortes, suturas ou grandes intervenções, o que contribui para uma recuperação mais tranquila.
Crioterapia dói? Entenda a sensação durante o procedimento
Uma das maiores preocupações dos tutores é se a crioterapia dói. De forma geral, a resposta é: o desconforto é mínimo e temporário.
Durante a aplicação do frio intenso, o pet pode sentir uma sensação semelhante a um choque térmico local. Essa sensação costuma durar poucos segundos. Em muitos casos, o frio provoca um efeito anestésico imediato na região, reduzindo a percepção de dor.
Fatores que influenciam a sensação do animal:
- Tamanho da lesão
- Local do corpo
- Sensibilidade individual do pet
- Duração da aplicação
- Uso ou não de anestesia local
Em lesões pequenas e superficiais, muitos animais toleram o procedimento sem necessidade de anestesia. Já em áreas mais sensíveis ou em pets mais reativos, o médico-veterinário pode optar por anestesia local ou sedação leve, garantindo total conforto e segurança.
O bem-estar do animal é sempre prioridade, e a abordagem é individualizada.
Quando a crioterapia é indicada para cães e gatos
A crioterapia não é indicada para todos os tipos de lesões. Sua principal aplicação está relacionada a alterações cutâneas benignas e superficiais.
As indicações mais comuns incluem:
- Verrugas virais
- Papilomatose
- Lesões hiperplásicas
- Pequenos tumores benignos
- Alterações cutâneas recorrentes
Antes de indicar a crioterapia, o veterinário avalia cuidadosamente a lesão. Em alguns casos, exames complementares ou biópsia podem ser necessários para descartar doenças mais graves.
É importante entender que a crioterapia não substitui tratamentos cirúrgicos quando há suspeita de malignidade ou envolvimento de tecidos mais profundos. Ela é uma excelente opção quando bem indicada.
Como é feito o procedimento na prática

O procedimento de crioterapia em cães e gatos é relativamente simples e rápido.
De forma geral, ele segue estas etapas:
- Avaliação clínica da lesão
- Limpeza da área
- Aplicação do agente criogênico
- Observação imediata da resposta local
A aplicação do frio dura poucos segundos e pode ser repetida conforme a necessidade clínica. O tempo total do procedimento costuma ser curto, o que reduz o estresse do animal.
Após a aplicação, a área tratada pode apresentar alterações visuais, como:
- Inchaço leve
- Escurecimento da pele
- Formação de crostas
Essas reações fazem parte do processo normal de cicatrização.
O que acontece após a crioterapia
Após a crioterapia, o organismo inicia um processo natural de eliminação do tecido tratado. A lesão pode escurecer, formar uma crosta e, com o tempo, se desprender.
Durante esse período, é fundamental que o tutor siga corretamente as orientações do veterinário para evitar infecções ou complicações.
É comum observar:
- Sensibilidade leve nos primeiros dias
- Coceira discreta
- Desconforto temporário
Na maioria dos casos, esses sinais desaparecem rapidamente. A recuperação costuma ser tranquila, especialmente quando comparada a procedimentos cirúrgicos tradicionais.
Cuidados essenciais após o procedimento
Os cuidados pós-crioterapia são simples, mas extremamente importantes para garantir uma boa recuperação.
Entre as orientações mais comuns estão:
- Evitar que o pet lamba ou coce a área
- Manter o local limpo e seco
- Usar colar elizabetano, se necessário
- Administrar medicamentos prescritos corretamente
- Observar sinais de infecção
O tutor deve ficar atento a sinais como secreção excessiva, dor intensa ou alterações inesperadas. Caso algo fuja do esperado, o contato com o veterinário é indispensável.
O acompanhamento profissional garante que o processo de cicatrização ocorra de forma segura.
Crioterapia é segura para todos os pets?

A crioterapia é considerada um procedimento seguro, mas nem todos os animais são candidatos ideais.
Alguns fatores precisam ser avaliados:
- Idade do animal
- Condições de saúde pré-existentes
- Localização da lesão
- Tipo de alteração cutânea
Pets com doenças sistêmicas graves, alterações imunológicas importantes ou lesões extensas podem precisar de outras abordagens terapêuticas.
Por isso, a avaliação individualizada é indispensável. Somente o médico-veterinário pode indicar a melhor opção de tratamento para cada caso.
Benefícios da crioterapia em comparação a outros tratamentos
A crioterapia oferece diversas vantagens quando comparada a métodos mais invasivos.
Entre os principais benefícios estão:
- Procedimento rápido
- Menor necessidade de anestesia geral
- Recuperação mais rápida
- Menor risco de sangramento
- Menor estresse para o pet
Esses fatores fazem da crioterapia uma alternativa muito atrativa, especialmente para animais idosos ou sensíveis a procedimentos cirúrgicos.
Quando bem indicada, ela entrega resultados eficazes com impacto mínimo na rotina do animal.
Conclusão
Afinal, crioterapia dói? Na maioria dos casos, não. O procedimento costuma causar apenas desconforto leve e temporário, sendo bem tolerado por cães e gatos quando realizado corretamente.
A crioterapia é uma técnica segura, eficaz e cada vez mais presente na dermatologia veterinária. Quando indicada de forma adequada e acompanhada de cuidados pós-procedimento, ela oferece ótimos resultados com rápida recuperação.
Para o tutor, informação é essencial. Entender como o procedimento funciona, seus benefícios e limitações ajuda a tomar decisões mais seguras e conscientes para a saúde e o bem-estar do pet.
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Crioterapia em pets precisa de anestesia?
Nem sempre. Em lesões pequenas, o procedimento pode ser feito sem anestesia. Em áreas sensíveis, pode ser usada anestesia local ou sedação leve.
Quanto tempo leva para a lesão desaparecer após a crioterapia?
Geralmente entre uma e três semanas, dependendo do tamanho da lesão e da resposta do organismo.
A crioterapia pode ser repetida se a lesão voltar?
Sim. Em alguns casos, o procedimento pode ser repetido conforme avaliação veterinária.
